sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR



Por Valdemir Pires Moreira

Introdução

Muitos são os obreiros que são consagrados ao santo ministerio, no entanto uma boa parte são totalmente despreparados e desqualificados para tal cargo de suma importância no reino de Deus. Ouço muitas reclamações quanto algumas igreas Assembleias de Deus, que sem observar os padrões biblicos das Sagradas Escrituras, consagram homens totalmente despreparados de qualificações éticas, morais e teologicas. Gostaria de nesse momento que você observace o que estar escrito na Bíblia de Estudo Pentecostal, na categotia de estudos doutrinarios o posicionamento dos nossos teologos quanto as qualificações necessarias para o pastoreado. Se alguém faz do modo incorreto, com certeza não por falta de esclarecimento.

1 Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

 Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministerais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.

(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).

(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.

(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4 nota; Lv 10.2 nota; 1.7,17 notas; Nm 20.12 nota; 1Sm 2.23 nota; Jr 23.14 nota; 29.23 nota).

(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).

(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.

(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.

(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

JESUS É O MESMO ONTEM, E HOJE, E ETERNAMENTE



Por Valdemir Pires Moreira

“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8)

Introdução

O autor da carta aos hebreus, se expressa de maneira muito firme quando deixa bem claro, a imutabilidade do no nosso Mestre Jesus, pois Ele não muda, e é o mesmo ontem (passado), Ele é o mesmo hoje (presente) e Ele é o mesmo eternamente (futuro).

I. Jesus Cristo, ontem:

1. Nos fala do Jesus histórico, do qual os relatos bíblicos nos dão informações seguras de sua vida.

É o Jesus que é conhecido pelos demônios (Mt 8.29).

É o Jesus que percorria as aldeias, sinagogas a ensinar e a curar (Mt 9.35).

É o Jesus que nos mostrou o caminho a ser seguido (Mt 7.13), qual o caminho estreito (Jo 14.6).

É o Jesus que foi escarnecido por nossa culpa (Mt 26.67,68).

É o Jesus que foi mesmo pendurado na cruz, rogou ao Pai perdão por seus inimigos (Lc 23.34).

A fé que vivemos é fundada em fatos, e não em mitos. São muitos aqueles que atacam a Jesus, com argumentos contrários a sua existência. Mas se Ele não existiu por que tanta preocupação? Não a escapatória o nosso redentor vive.

II. Jesus Cristo, hoje:

2. Nos fala do Jesus presente em todo o tempo, que ministra ao seu povo hoje.

É o Jesus de todos os dias, sempre presente em nossas vidas (Mt 28.20).

III. Jesus Cristo, sempre (eternamente):

3. Nos fala de Jesus, o Cristo da profecia. Aquele que é eterno, que não tem começo nem fim.

É o Jesus que cumprirá toda a sua palavra (Mt 24.35).

É o Jesus que voltará um dia (At 1.11).

É o Jesus que virá buscar o seu povo (1 Ts 4.16,17).

Conclusão

Portanto, meus irmãos é o Senhor o nosso ajudador ontem, hoje e eternamente. Amém.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

OS DISCÍPULOS SÃO O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO (Mateus 5.13-16)




Por Valdemir Pires Moreira


Introdução

Uma das maneiras de interpretar retamente as Sagradas Escrituras é buscar dentro de seu texto e contexto o real significado das palavras. Para que em seguida possamos aplicá-las ao nosso dia a dia. Vejamos os significados nos tempos bíblicos, do sal e da luz no texto de Mateus 5.13-16.

O Sal

αλας = halas = sal

Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: “Nada é mais útil que o sol e o sal” (Nil utilis sole et sale).

Os romanos diziam que o sal era o mais puro do mundo porque procedia das duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar. O sal é a oferenda mais antiga dos homens aos deuses, e até o final do culto sacrificial judeu toda oferenda era acompanhada de um pouco de sal (Lv 2.13; Nm 18.19; Ed 6.9; Ez 43.24).

Usava-se o sal para impedir que os mantimentos, e outras coisas, apodrecessem ou se corrompessem, para deter o processo de putrefação. Plutarco diz tudo isto de uma maneira extremamente curiosa: “A carne – afirma – é um corpo morto, e forma parte de um corpo morto, e se for deixada entregue a si mesma muito em breve perde a frescura; mas o sal a preserva e impede sua corrupção”. Portanto, segundo Plutarco, o sal é como uma nova alma inserida no corpo morto. (Comentário Bíblico Barclay do Novo Testamento)

O sal era tão valioso na época do Novo Testamento que os soldados romanos frequentemente recebiam os seus salários em sal. Ele era usado como condimento, como conservante, como fertilizante e até mesmo como remédio. (Comentário Bíblico Histórico Cultural do Novo Testamento – Lawrence O. Richards – CPAD).

No tempo de Jesus, o sal (obtido às margens do mar Morto ou de pequenos lagos na beira do deserto da Síria) facilmente adquiria um gosto insosso e mofado por causa da mistura maior de gesso ou restos de plantas. Por isso não podia ficar muito tempo armazenado. (Evangelho de Mateus, Comentário Esperança – Fritz Rienecker).

O talmude mostra que sal que não era puro e útil para ser usado nos ritos dos sacrifícios (que eram oferecidos com sal), era lançado nos degraus e declives ao redor do templo para impedir que o terreno se tornasse escorregadio, e assim era pisado pelos homens. Também houve instancias do uso do sal na pavimentação de estradas. Assim também, a religião sem autenticidade dificilmente tem o uso digno para os discípulos de Jesus ou para o mundo em geral. (O NT comentado versículo por versículo – R.N. Champlin – Hagnos).



A Luz

φως = phos = luz

As cidades antigas eram construídas com calcário branco, e desta forma reluziam com a luz do sol. Lâmpadas eram mantidas acesas durante toda a noite, dispostas em lugares altos. As duas imagens nos lembram de que a “luz” não deve ficar escondida. Cristo deixa clara sua analogia. Os atos justos dos cidadãos são as luzes que fazem o reino visível a todos. (Comentário Bíblico Histórico Cultural do Novo Testamento – Lawrence O. Richards – CPAD).

O interior das casas palestinenses era muito escuro, pois tinham apenas uma abertura circular, de uns trinta ou quarenta centímetros de diâmetro, como única fonte de iluminação durante o dia. As lâmpadas que se usavam eram recipientes de barro, com a forma de molheiras, cheias de azeite no qual flutuava a mecha.

Antes de existissem fósforos não era muito fácil reacender um abajur quando apagava. Quase sempre o abajur estava colocado sobre um candelabro, que na maioria dos casos não era mais que um tronco de madeira rusticamente trabalhado. Mas quando se saía da casa, por razões de segurança, o abajur era colocado, aceso, debaixo de uma vasilha, também de barro; deste modo se assegurava que não produziria um incêndio durante a ausência dos donos de casa. A missão primitiva da luz do abajur era ser vista por todos.

Quando há algum perigo no caminho, e é de noite, acende-se uma luz para nos advertir e fazer com que nos detenhamos. Muitas vezes o dever do cristão é advertir a outros do perigo que os espreita. Isto é muito delicado, e às vezes é tremendamente difícil saber como transmitir a advertência para que produza o bem desejado; mas uma das tragédias mais amargas é quando um jovem, especialmente, aproxima-se de nós e nos diz: "Eu nunca teria me encontrado na situação em que estou se alguém me tivesse advertido a tempo do perigo."

Diz-se que Florence Allshorn, a famosa professora, diretora de escola e mística cristã, quando tinha a obrigação de repreender a alguma de suas alunas, o fazia "com seu braço sobre os ombros da transgressora". Se transmitirmos nossas advertências sem nos zangar nem nos mostrar irritados, sem a vontade de ferir, sem uma atitude crítica ou condenatória, mas com amor, obteremos nosso objetivo. A luz que fica visível, a luz que adverte do perigo, a luz que indica o caminho, estas são as classes de luz que deve ser o cristão. (Comentário Bíblico Barclay do Novo Testamento)

Na terminologia dos rabinos, vemos que a “luz” se refere a Deus, a Israel, à Torah e a outros elementos importantes de sua religião. Davi foi chamado de Luz de Israel (2 Sm 21.17). E os seus descendentes são designados luzes em 1 Rs 11.36; Sl 132.17; Lc 2.32.

A passagem de Levíticos 14.3 tem uma interessante citação que não difere do uso que Jesus deu aqui à luz. “Sede luzes de Israel, mais puros que todos os gentios...Que farão todos os gentios, se fordes obscurecidos por transgressões?” A luz, à semelhança do sal, deve ser útil. A luz deve brilhar livremente, sem qualquer empecilho.

Leão Tolstoi queixou-se de que os cristãos, na Rússia de seus dias, deixavam-no sem convicção e inabalável. Disse que somente suas “ações”, e não suas palavras, poderiam modificar os temores da pobreza, da enfermidade e da morte que o perseguiam. Orígenes relata uma história diferente sobre os crentes de seus dias, pois suas vidas, e não suas palavras eram o seu testemunho – invencível. (O NT comentado versículo por versículo – R.N. Champlin – Hagnos).



Fontes:

Comentário Bíblico Barclay do Novo Testamento

Comentário Bíblico Histórico Cultural do Novo Testamento – Lawrence O. Richards – CPAD

Evangelho de Mateus, Comentário Esperança – Fritz Rienecker

O NT comentado versículo por versículo – R.N. Champlin – Hagnos

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Qual a diferença do termo filho em Romanos 8.1-17?






Por Valdemir Pires Moreira



teknon = teknon = filho (Rm 8.15,16)

A palavra filho usada no Novo Testamento vem de duas palavras gregas: teknon e huios. Uma boa definição para a palavra teknon é "aquele que é filho meramente por nascimento". Encontramos teknon em Romanos 8.15,16. A passagem diz que, por causa do espírito de adoção que recebemos, "o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos = teknon de Deus". Quando reconhecemos Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas, nos tornamos filhos de Deus por intermédio da experiência do novo nascimento (Jo 1.12).

uiov = huios = filho (Rm 8.14)

A outra palavra para tradução de filhos no Novo Testamento é huios. É usada no Novo Testamento para descrever "aquele que pode ser identificado como filho porque apresenta caráter ou características de seus pais".

Dessa forma, a palavra grega teknon significa, de forma simplificada, "bebês ou filhos imaturos", e a palavra grega huios é freqüentemente usada para descrever "filhos maduros".

Vejamos Romanos 8.14: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos = huios de Deus”.

Comprendemos apartir desse texto, que os filhos maduros são aqueles guiados pelo Espírito de Deus. Os crentes imaturos têm menos probabilidade de seguir a liderança do Espírito de Deus.

A Bíblia diz: "Embora sendo Filho = Huios aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8, grifos acrescidos). O crescimento físico é algo que acontece paulatinamente. O crescimento intelectual é uma função do aprendizado. O crescimento espiritual não depende do tempo nem do aprendizado, mas de uma obediência firme da vontade de Deus.

Veja o que Pedro diz em sua peimeira carta: “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado” ( 1 Pe 4.1- Destaque acrescido).

Fonte:

A Isca de Satanás – John Bevere – Editora Atos

Dicionário Vine – CPAD.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUAL A INTERPRETAÇÃO DO TERMO AGULHA EM MATEUS, MARCOS E LUCAS?



Mateus 19.16-24; Marcos 10.17-24; Lucas 18.18-25

O jovem rico


Por Valdemir Pires Moreira



Introdução

São muitos os que defendem nessas passagens, que o termo “agulha” se refere à porta de uma cerca por onde era impossível passar uma pessoa, imagine um camelo. No entanto essa interpretação não vem a ser a mais aceita, por motivo de faltar evidências que comprovem a existencia dessa porta. No entanto, uma das regras da hermenêutica é que a Bíblia deve ser interpretada gramaticalmente. E para isso devemos nos valer, de dicionários da língua grega, para que venhamos interpretar os termos bíblicos de acordo com a mente do autor. A maioria dos teólogos defendem a ideia, de que Jesus estava se referindo literalmente uma agulha. Vejamos a seguir as explicações:


Agulha


ραφίς = rhaphis = agulha (Mt 19.16-24; Mc 10.17-24)


βελόνη = belone = agulha (Lc 18.18-25)

O caso do jovem rico iluminou em forma vívida e trágica o perigo das riquezas; aqui vemos um homem que tinha pronunciado um grande rechaço porque tinha muitas posses. Jesus passa a sublinhar esse perigo. "É difícil", disse, "que um homem rico entre no reino dos céus." Usou um símile muito eloquente para ilustrar quão difícil seria. Disse que era tão difícil que um rico entrasse no reino dos céus quanto um camelo passar pelo fundo de uma agulha.

1. A agulha seria uma porta?

Deram-se diferentes interpretações destas palavras de Jesus. O camelo era o maior animal que os judeus conheciam. Afirma-se que nas cidades muradas costumava haver duas portas. A porta principal pela qual passava todo o comércio e o trânsito, junto a ela costumava haver uma porta baixa e estreita. Quando se fechava a porta principal, era fechada com ferrolhos e se montava guarda durante toda a noite, e a única forma de entrar na cidade era pela porta pequena pela qual nem sequer as pessoas podiam passar de pé. Diz-se que às vezes se chamava essa porta de "o olho da agulha". De maneira que nessa imagem Jesus diz que é tão difícil para um rico entrar no reino dos céus como para um camelo passar por essa porta pequena, pela qual somente os homens podiam passar.

2. Jesus estava se referindo literalmente a uma agulha.

Mas o mais provável é que Jesus tenha empregado a imagem em seu sentido literal, e que dissesse que era tão difícil um homem rico entrar no reino como um camelo passar pelo fundo de uma agulha.

O fundo de uma agulha têm significado literal, comprovado por um provérbio talmúdico semelhante usado com a figura de um elefante. A comparação teve a intenção de mostrar uma impossibilidade, citando a maior das bestas conhecidas na Palestina e a menor das aberturas.

Na literatura judaica há a declaração que nem em seus sonhos um homem vê uma palmeira de ouro ou um elefante a passar pelo fundo de uma agulha (T. Bab. Beracot, fol. 55.2)

A ideia de que o “fundo de uma agulha” é um pequeno portão, ao lado do grande portão da cidade, e que seria usado após o cair da noite, e que um camelo carregado só poderia penetrar se ajoelhando a arrastar-se, parece datar de cerca do século XV. Os intérpretes frisam a impossibilidade dessa ideia, explicando que tal portão não poderia admitir um camelo, carregando ou descarregando; e certamente nenhum camelo consegue andar arrastando-se de joelhos. Na cultura judaica original, a declaração trazia um elefante em lugar do camelo; e em ambos os casos, o animal é visto a tentar passar pelo buraco de uma agulha. Naturalmente, isso é impossível, fazendo parte de uma hipérbole oriental (Cf. João 20.31, onde a hipérbole é anotada). Jesus falou de uma “monstruosa impossibilidade”, a fim de destacar uma “dificílima realização espiritual”. O que ele quis dizer tem claro sentido, e não precisa ser emendado.

Nos textos de Mateus e Marcos encontramos a palavra grega, ραφίς = rhaphis = agulha. Aqui a palavra agulha refere-se especificamente à agulha de costura.

No entanto no texto de Lucas encontramos outra palavra grega para agulha, βελόνη = belone. Lucas usa a palavra que se refere a uma agulha cirúrgica. Tentativas de explicar estas palavras como uma confusão entre os termos camelo (gr. kamelos) e corda (kamilos); ou com o uso figurado da frase significando uma portinha no muro da cidade não tem sido convincentes. Jesus estava usando uma expressão hiperbólica comum para mostrar como seria difícil para um homem rico aceitar o seu discipulado e entrar no reino de Deus.

Orlando Boyer, em sua Pequena Enciclopédia Bíblica, diz: “Encontra-se a palavra agulha em Mt 19.24; Mc 10.25 e Lc 18.25. Não há prova de existir uma porta pequena, chamada agulha (rhaphís) no muro da cidade de Jerusalém. Nem a razão para pensar que Cristo se referia a tal. O fundo duma agulha representava a menor abertura que se podia fazer. Cristo se referia ao instrumento comum, usado para bordar ou coser, Êx 26.36; Ec 3.7; Ez 13.18; Mc 2.21”.

Fontes de pesquisa:

Comentário Bíblico Moody do Novo Testamento.
O Novo Testamento comentado versículo por versículo – R.N. Champlin – Hagnos.
Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer – Vida Acadêmica.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Grande Passeata dos 100 anos da Assembleia de Deus do Brasil.




No sábado dia 23 de abril, a Assembleia de Deus de Caucaia - Uma igreja de refugio comemorou os 100 anos da AD no Brasil de uma forma diferente e empolgante. Às 15 horas do sábado, o povo de Deus saiu pelas principais ruas da cidade para mostrar que a assembleia de Deus está completando 100 anos, porem é 100 anos sem vicio, 100 anos de união, 100 anos de conquistas e vitorias e que até aqui nos ajudou o Senhor.

Foram jovens, senhores, senhoras e até mesmo as crianças, e juntos fizemos uma grande festa nas ruas de Caucaia. No momento em que os pelotões passavam pelas ruas fazendo menção de frases como: Jesus é o nosso rei, Só Jesus salva, Jesus Te ama, dentre muitas outras, 09 pessoas se renderam os pés de Jesus para honra e glória do nosso Senhor Jesus.

A passeata acabou na igreja-SEDE do nosso ministério, onde o pastor presidente, Francisco Erivelto Gonçalves, agradeceu a todos que compareceram a essa grande festa e assim agradecendo ao Senhor Jesus por mais uma conquista do povo de Deus nos 100 anos da Assembleia de Deus.



                                                     EU FAÇO PARTE DESSA HISTÓRIA








segunda-feira, 13 de junho de 2011

HISTÓRIAS QUE MARCAM O CENTENÁRIO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO MUNICÍPIO DE CAUCAIA





Por: Valdemir Pires Moreira

Na antiga Soure, hoje Município de Caucaia, área metropolitana de Fortaleza, o cearense Joaquim Pereira Filho sofreu muito pelo amor de Jesus. Encarregado do trabalho em uma salina, Joaquim era conhecido desordeiro e beberrão. Mas, ouvindo o testemunho de um colega, aceitou a Cristo e foi batizado com o Espírito Santo. Ele e toda a família.

Como retaliação, Joaquim foi expulso da fazenda junto com o irmão que o evangelizou. Depois, Jesus abençoou tanto o irmão Joaquim que ele doou um lote de terra para edificação de um templo da Assembleia de Deus.

Desde então o Senhor Jesus vem abençoando o Município de Caucaia grandemente. A Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Caucaia estar comemorando o Centenário, e agradecendo a Deus por tudo o que Ele fez e estar fazendo neste Município, as Lutas são grandes, mais o Senhor Jesus estar no nosso barco cessando as tempestades que si levantam contra o povo de Deus.

Agradeço ao meu Deus, por ter conduzido a minha família a esta cidade, aqui encontrei Jesus, que me resgatou das trevas para sua maravilhosa presença. Louvado seja o nome do nosso Deus para todo sempre. Amém.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

LAMPIÃO VS ORLANDO BOYER


                        


HISTÓRIAS QUE MARCAM OS 100 ANOS DO MOVIMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL

A vida de Orlando Boyer, tal como a do apóstolo Paulo, ocorreu perigo inúmeras vezes, tendo, até, de pagar um resgate de 236$000 (duzentos e trinta seis mil contos de réis) para que Lampião, o rei do cangaço, que então implantava terror nas caatingas do Nordeste, libertasse Virgilio Schmidt e sua esposa, missionários que trabalhavam com ele. Lampião achou que a quantia oferecida por Boyer era pequena, exigia cinco contos de réis, mas Boyer falou do amor de Cristo ao cangaceiro, que não lhe fez mal algum, libertou os missionários e os deixou seguir em paz, lhes restituído os 236$000 e mais 109$000 (cento e nove conto de réis) do próprio bolso para ajudar nas despesas. Assim, com certeza o Senhor honrou a bravura desse grande homem de Deus. Que com desapego á própria vida enfrentou com denodo os ataques de Satanás, de homens e feras nos sertões do nosso Nordeste brasileiro.

Fontes

Jornal Mensageiro da Paz 1090, 2ª quinzena de Abril de 1978, pág.5




quinta-feira, 21 de abril de 2011

RESOLUÇÃO DA 40ª AGO DA CGADB SOBRE UNIÃO ESTÁVEL E DIVÓRCIO - TEXTO NA ÍNTEGRA




Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, no uso de suas atribuições e de conformidade com o disposto no art. 3º, III, IV c/c o art. 8º, I, do Estatuto Social;

Considerando a existência de Ministros, membros da CGADB, em situação de Divorcio;

Considerando a necessidade dessa Convenção Geral em traçar normas que regulamentem a situação ministerial dos seus membros, no sentido de preservar e manter os princípios morais e espirituais que embasam a doutrina das Assembléias de Deus no Brasil;

Considerando que é dever dessa CGADB zelar pela observância da doutrina bíblica e dos bons costumes dos membros das Assembléias de Deus, em todo território nacional, sem prejuízo da atuação das respectivas Convenções Estaduais;

RESOLVE:

Art. 1º. A CGADB só reconhece o Divórcio no âmbito ministerial de seus membros, nos casos de infidelidade conjugal, previstos na Bíblia sagrada e expressos em Mt. 5:31-32; 19:9, devidamente comprovados.

Art. 2º. As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do Ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio.

Art. 3º. Esta CGADB não reconhece, no âmbito da vida ministerial de seus membros, a situação de União Estável.

Art. 4º. O Ministro, membro desta CGADB, divorciado nos termos do disposto no art. 1º. Desta Resolução ou no caso, onde a iniciativa do divórcio partir da sua esposa (1 Co 7: 15), poderá permanecer ou não, na função ministerial, decisão essa, que ficará a cargo da Convenção Estadual da qual é filiado, facultando-se-lhe o direito de recurso para Mesa Diretora e para o Plenário desta Convenção Geral.

Parágrafo 1º. O Ministro, vítima de infidelidade conjugal por parte de sua esposa, poderá contrair novas núpcias, respeitados os princípios bíblicos que norteiam a união conjugal, nos termos da permissibilidade concedida por Cristo, em Mateus 5. 31 e 32; 19. 9, ficando cada caso a ser examinado e decidido pelas Convenções Estaduais.

Parágrafo 2º. Quando o Ministro der causa ao divórcio, a sua permanência ou retorno ao ministério dependerá de exame e decisão da Convenção Estadual, facultando-se-lhe ampla defesa, sendo-lhe também assegurado recurso para a Mesa Diretora e para o plenário da Convenção Geral.

Art. 5º. O Ministro, membro desta CGADB que acolher Ministro divorciado sem a observância do disposto na presente Resolução, será responsabilizado disciplinarmente, no âmbito desta Convenção Geral.

Art. 6º. Ficam os Presidentes de Convenções e demais membros desta CGADB autorizados a divulgar entre a membresia das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em todo o território nacional, o inteiro teor desta Resolução.

Art. 7º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação no “Mensageiro da Paz”, órgão oficial de publicação dos atos desta Convenção Geral.

Art. 8º. Revogam-se a resolução 001/95, de 29 de Janeiro de 1995 e demais disposição em contrário.


Plenário da 40ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB em Cuiabá(MT), 13 de abril de 2011

Pr. Esequias Soares da Silva - Presidente da Comissão Especial

Pr. Everaldo Morais Silva - Relator da Comissão Especial
                                                           
Pr. Ricardo Moraes de Resende - Secretario Ad Hoc da Comissão Especial