segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OS CORPOS DOS ÍMPIOS RESSUSCITADOS



“Como serão os corpos das pessoas não crentes na ressurreição?”

(Ailson Guimarães – Belém, PA)



Por José Gonçalves



Ao escrever sobre a ressurreição, o teólogo Gary R. Habermas (2009, p.343) observa que ela é como um diamante multifacetado. Virando para um lado, veremos suas fortes evidências históricas, mesmo se usássemos apenas um limitado número de fatos confirmados pelos dados e que são reconhecidos até mesmo pelos críticos. Por outro lado, se virarmos esse diamante, esses mesmos fatos acabam por efetuar as alternativas naturalistas que visam negar a ressurreição. Se dermos meia volta com essa pedra preciosa, acabaremos por nos concentrar na natureza corporal das aparições de Jesus. Habermas conclui que se mantivermos todas essas facetas em mente, poderemos ver como o foco da ressurreição da Teologia Cristã propicia um ponto de integração entre todos os aspectos da vida.

A Doutrina da ressurreição das pessoas não crentes enquadra-se na categoria de “Ressurreição Geral”. No Antigo Testamento, temos algumas passagens que se referem a ela de uma forma bastante clara, como por exemplo, Jó 19.26, Salmos 49.15 e Daniel 12.2,13. No Novo Testamento, encontraremos cinco tipos de ressurreição:

1) A ressurreição de pessoas que haviam morrido, mas que ressurgiram para a mesma vida mortal, mas agora renovada (Jo 11.43,44; Hb 11.35 e Lc 7.14,15);

2) A ressurreição corporal de Jesus para a imortalidade;

3) A ressurreição futura dos cristãos para a vida eterna (1 Co 15.42,52);

4) A ressurreição espiritual dos crentes através do novo nascimento, para uma nova vida com Cristo (Cl 2.12);

5) E a ressurreição pessoal dos incrédulos para o juízo final e que acontecerá no futuro (Jo 5.29; At 24.15).

Essas duas últimas referências bíblicas são muito claras em distinguir uma ressurreição que conduz à vida eterna condenação. Sobre essa ressurreição das pessoas convertidas ao Evangelho, a Bíblia em muito a dizer, inclusive como será a natureza de seus corpos. Por exemplo, na ressurreição dos crentes, seus corpos serão incorruptíveis (1 Co 15.42), gloriosos (1 Co 15.43), poderosos (1 Co 15.43), sobrenaturais (1 Co 15.44) e iguais ao de Cristo (Fl 3.21; 1 Jo 3.2). Por outro lado, a ressurreição dos ímpios será para a vergonha e humilhação eternas (Dn 12.2; Jo 5.29).

M. J. Harris (2011, p.871) observa que um juízo universal implicará em uma ressurreição universal, mas os injustos serão ressuscitados somente no sentido de que pelo poder de Deus terão seus corpos reanimados, comparecendo perante Deus de uma forma pessoal. Em outras palavras, os incrédulos ressuscitarão, mas não terão seus corpos glorificados como os cristãos. Esse fato é observado pelo expositor bíblico W.W. Wiersbe (2006, p.395) ao destacar que os incrédulos receberão ressurreto, porém não glorificado, para que sejam julgados e sofram nesse corpo os castigos que lhe são devidos. O corpo usado para o pecado sofrerá as consequências desse pecado.



José Gonçalves é pastor em Teresina (PI), escritor, comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical da CPAD e membro da Comissão de Apologética da CGADB.

Jornal Mensageiro da Paz de Novembro de 2011, Pág. 17.

* Foto publicada pelo autor do blog

Um comentário:

  1. De acordo com 1° Corintios 15:50-55, carne e sangue não herdam os céus, e a morte irá ser aniquilada para sempre, e os ressucitados terão corpos de corruptíveis para incorruptíveis. Mas será que até os ímpios terão estes mesmos corpos imortais(incorruptíveis), já que a morte foi destruída os ímpios passarão a eternidade inteira sofrendo no lago de fogo.

    ResponderExcluir